Em caso de crise de ansiedade, é fundamental que o paciente busque manter a calma e reconhecer os sintomas como parte de sua condição, entendendo que a crise é temporária e passará. Uma técnica eficaz é a respiração profunda e controlada, onde se inspira lentamente pelo nariz, segura o ar por alguns segundos e expira gradualmente pela boca. Isso ajuda a reduzir a taquicardia e a sensação de sufocamento, promovendo relaxamento.
O paciente deve tentar se concentrar em pensamentos positivos ou neutros, afastando-se de pensamentos catastróficos que podem intensificar a crise. A prática de mindfulness, que envolve a atenção plena ao momento presente, pode ser útil para desviar o foco das preocupações e reduzir a intensidade dos sintomas ansiosos. Estar em um ambiente seguro e tranquilo também ajuda a controlar a crise.
Outra estratégia é o uso de técnicas de ancoragem, que ajudam o indivíduo a se reconectar com a realidade. Isso pode incluir a identificação de cinco objetos ao redor, ouvir sons específicos, sentir texturas ou cheiros, o que ajuda a diminuir a sensação de despersonalização ou desrealização que pode ocorrer durante uma crise de ansiedade.
É importante que o paciente procure ajuda profissional se as crises de ansiedade se tornarem frequentes ou severas. Um psicólogo ou psiquiatra pode avaliar a situação e recomendar um tratamento adequado, que pode incluir terapia, estratégias de manejo de estresse e, se necessário, medicação. A construção de um plano de ação para lidar com crises futuras também pode ser desenvolvida em conjunto com o profissional de saúde mental.
Ir ao hospital durante uma crise de ansiedade é indicado quando os sintomas são intensos e não melhoram com as técnicas de autoajuda ou quando o paciente sente que perdeu o controle sobre a situação. Isso inclui dificuldade extrema de respirar, dor no peito, palpitações que se assemelham a um ataque cardíaco e sensação de desmaio. Estes sintomas podem indicar uma condição mais grave, como um transtorno de pânico ou até mesmo problemas cardíacos, necessitando de avaliação médica imediata.
Além disso, se a pessoa apresenta pensamentos suicidas ou de automutilação durante a crise de ansiedade, é fundamental buscar atendimento médico de urgência. A incapacidade de se acalmar ou uma crescente sensação de desespero são sinais de que a intervenção profissional é necessária para garantir a segurança e o bem-estar do paciente.
O atendimento médico de urgência também se faz necessário quando a crise de ansiedade ocorre pela primeira vez e o paciente desconhece sua condição de saúde mental. Nesses casos, a avaliação médica é importante para excluir causas médicas agudas e para fornecer um diagnóstico correto, além de iniciar o tratamento adequado para a ansiedade ou qualquer outra condição identificada.
Uma crise de ansiedade, frequentemente referida como ataque de pânico, geralmente atinge seu pico em cerca de 10 minutos, mas a duração total pode variar. Embora a intensidade máxima dos sintomas seja breve, a crise pode durar entre 20 a 30 minutos, e em alguns casos, os sintomas residuais, como cansaço e tensão, podem persistir por horas.
Tecnicamente, a duração de uma crise de ansiedade depende de diversos fatores, incluindo o contexto emocional e físico do indivíduo, assim como sua capacidade de gerenciar a ansiedade. Indivíduos que possuem técnicas de enfrentamento, como exercícios de respiração ou relaxamento, podem experimentar crises mais curtas.
Além disso, a frequência e a duração das crises de ansiedade podem ser influenciadas por fatores como estresse crônico, falta de sono e consumo de substâncias estimulantes. Portanto, episódios prolongados de ansiedade podem ocorrer em situações de alta tensão ou quando o indivíduo se encontra em um estado de vulnerabilidade psicológica.
Importante ressaltar que, embora a crise de ansiedade seja intensa, ela é temporária. É crucial o acompanhamento com profissionais de saúde mental para aprender estratégias de manejo que possam reduzir tanto a duração quanto a severidade dos episódios futuros, além de melhorar a qualidade de vida geral do paciente.
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